Alternando momentos de irreverência com respostas sérias, o atacante do Everton, da Inglaterra, falou sobre a disputa pela titularidade na Seleção, seu posicionamento predileto e o orgulho de vestir a amarelinha:

– Seleção é amor único. Na última convocação, que vim com o tornozelo machucado, o (técnico Carlo) Ancelotti brincou, não sei se era verdade ou não, falando que ia pedir para o Tite para eu ser cortado. Tá louco! Brinco com os meus amigos, falando que eu amo mais a Seleção do que a mim mesmo.

Escolhido para participar do ensaio fotográfico de lançamento do novo uniforme da Seleção, o atacante tirou onda com seu lado modelo:

– É um prazer enorme vestir a camisa da Seleção, ainda mais agora com inspiração na Copa de 70, e com o Zagallo representando. É uma inspiração essa camisa, achei muito bonita. Dei uma ajudada ali, né, com a minha beleza (risos).

– Tento levar a minha visibilidade para ajudar as pessoas que precisam. Se tem uma causa importante para ser resolvida, estou sempre botando a cara. Com certeza as autoridades vão olhar com carinho. Uso isso de uma forma correta. Outros jogadores podem ajudar de alguma forma, mas isso é por conta de cada um. São coisas difíceis, nem todos vão colocar a cara. Mas é importante eu estar fazendo isso, servindo de exemplo para outros atletas.

Richarlison também comentou a relação de amizade que mantém com Neymar, astro da seleção, e falou sobre a ausência do camisa 10 na partida contra a Venezuela, nesta sexta-feira, no Morumbi. O atacante do PSG se recupera de uma lesão muscular na perna esquerda e pode voltar na partida contra o Uruguai, na próxima terça, no Estádio Centenário, em Montevidéu.

– Já jogamos sem o Neymar na Copa América e fomos campeões. Claro que sentimos a ausência dele, porque é um jogador de extrema qualidade. Ele é o protagonista da Seleção. Temos uma base e já sabemos o que temos que fazer, com ou sem ele. Agora é procurar dar o melhor para vencermos todos os jogos.

– Vamos ver o que o Tite vai falar durante os treinos. Claro que temos muitos atacantes. Vamos procurar trabalhar para conquistar a nossa vaga. Todos que estão aqui vão fazer o seu melhor para honrar a camisa da Seleção. Independente de quem for entrar, vamos brigar para honrar essa camisa e conquistar os três pontos.

– Acabei aprendendo muitas coisas. Agora, com o Ancelotti, um cara que ganhou tudo, ele está sempre me contando alguma história, me corrigindo, me orientando. Isso que faz um jogador evoluir. Só tenho a crescer com a chegada dele, e quem sabe me tornar um goleador e crescer ainda mais como profissional.

– O futsal é muito importante na vida de um atleta. Eu mesmo fiz um gol parecido com de futsal, fazia bastante quando era mais novo. Isso ajuda muito nos fundamentos. Na base também ajudou muito. Para a criançada que está começando, é muito bom fazer futsal.

– Fico feliz de receber elogios. A minha alegria, a minha humildade, vem de lá de trás. Fico feliz de subir na carreira e nunca ter mudado. Agora é só continuar crescendo. Antes da pandemia entrei como centroavante, e no Everton não é diferente: venho jogando nas três posições da frente, ajudando e fazendo gols. No América comecei como centroavante, no Fluminense joguei pelas pontas. Independente de que posição, vou ajudar ao máximo para fazer gols e contribuir para a seleção brasileira.

– Sempre brinco com o Allan, que é só para ele roubar a bola e me entregar, que vou decidir lá na frente (risos). Ele chegou para subir o nível do nosso time, do Everton. Demos um salto muito grande com a chegada dele. Pela fase boa do time, e dele também, ele conseguiu de novo chegar na Seleção. Estou feliz por ele também. O Allan também vai brigar para jogar, porque é um cara trabalhador, que briga por tudo. Espero que ele possa colher bons frutos.