Barcelona 11-07-2022
Atualmente sem clube, o lateral-direito Daniel Alves de uma longa entrevista para o jornal britânico "Guardian", publicada nesta segunda-feira. O jogador da seleção brasileira respondeu sobre diversos assuntos, como a Copa do Mundo de 2022, a saída do Barcelona e a fala racista do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet sobre Lewis Hamilton.
— Isso me incomodou. Não só pelo fato em si. Não vou me aprofundar muito nisso porque empurrar bêbado morro abaixo é fácil. Não é apenas por causa da declaração (de Piquet). É por tudo que está acontecendo. O que aconteceu é o extremo. Se o maior vencedor da Fórmula 1 é atacado, desprezado, excluído, imagine quem está lá embaixo na sociedade? — declarou Dani Alves, que já foi vítima de ações racistas.
Durante uma entrevista concedida no ano passado, Nelson Piquet chamou Lewis Hamilton de "neguinho" e proferiu ofensas de cunho homofóbico contra o heptacampeão da Fórmula 1. O brasileiro virou alvo de denúncia do Ministério Público, foi banido do paddock de todas as etapas e suspenso do Clube de Pilotos Britânicos.
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Ainda sobre questões fora do futebol, Daniel Alves se mostrou desapontado com os problemas sociais existentes após a pandemia de Covid-19.
— As pessoas perderam o medo de morrer e o respeito também. Nada mudou, infelizmente. Eu gostaria que as coisas tivessem mudado, mas não mudaram. Saímos da pandemia e tivemos uma guerra (da Ucrânia). As pessoas não mudaram, continuam a lutar por poder, e o desrespeito aumentou — comentou.
Hoje com 39 anos, o lateral-direito não renovou contrato com o Barcelona ao final da última temporada e no momento está sem clube. Ele voltou à Catalunha na virada de 2021 para 2022 e disputou 17 jogos, sendo 16 como titular, marcou um gol e deu quatro assistências. Dani elogiou o Barça que encontrou nos últimos meses.
— Eu não saí triste. Fui embora feliz de ter retornado. Sonhei por cinco anos com esse segundo momento. O clube tem pecado nos últimos anos. Mas não estou falando sobre o meu caso porque ele foi diferente. Serei eternamente grato ao Xavi e ao presidente por me trazerem de volta. Mas o clube precisa melhorar o trabalho fora de campo.
— Hoje estou desempregado, mas coisas interessantes surgiram. Estou estudando os lugares, vendo quais têm bons níveis de competitividade. Quero ir para um lugar onde possa vencer. Eu não descarto nada, mas se eu voltar para o Brasil, será para o Athletico-PR — contou.
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