Madri 05-12-2022
Com bons salários, ainda nem todos equiparados aos que recebem os homens, a La Liga feminina vem dando exemplo de organização. O Atlético de Madrid, quarto melhor time da última temporada e campeão da Supercopa da Espanha na temporada 2020/21, veio ao Brasil disputar a Ladies Cup e trocou experiências com as equipes locais.
Ela lembra, no entanto, que os times brasileiros devem seguir o exemplo da Ferroviária e manter as categorias de base em funcionamento, para que o trabalho de lapidação seja longo e fortalecido.
O time espanhol iniciou o trabalho de base no futebol feminino há 21 anos e, na visão da diretora, o caminho ainda pode levar um tempo em gramados brasileiros.
Lola revela que o machismo na Espanha, apesar de superado, ainda se manifesta, mas ela traça um paralelo de avanço no tema em quase todos os países.Sim, ainda existe esse machismo e é claro que é uma dificuldade, mas creio que esteja cada vez menor, há maior tolerância e igualdade, que é o necessário para poder triunfar – fala Ao disputar o torneio no Brasil, Lola teve um contato mais próximo com as equipes locais e gostou do que viu. O Atlético acabou eliminado ainda na primeira fase, empatou com Internacional e perdeu para Santos e Palmeiras.
Lola elogiou o que viu, disse que não acompanha muito o futebol feminino local, mas elogiou a organização da competição nacional.
- Acredito que haja um alto nível. É claro que a distância não nos permite acompanhar tanto a liga brasileira. Porém, vendo a grande quantidade de clubes participantes, vemos que é competitiva – elogiou.
Para ela, a Seleção Brasileira tem boas chances de chegar às fases finais na Copa do Mundo de 2023, na Austrália e na Nova Zelândia. O grande trunfo, na visão da dirigente do clube espanhol, é o trabalho desenvolvido pela técnica Pia Sundhage.
- Acredito muito na treinadora, que tem todas as suas jogadoras muito conectadas. Creio que irão desempenhar um grande papel no mundial – finalizou.
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