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Sexta-feira, 19 de Abril de 2024
''Perdemos'' Vejam aqui , Cinco jovens brasileiros e um destino: jogar em outras seleções

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''Perdemos'' Vejam aqui , Cinco jovens brasileiros e um destino: jogar em outras seleções

''Perdemos'' Vejam aqui , Cinco jovens brasileiros e um destino: jogar em outras seleções

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sucesso de Jorginho e a recusa de Matheus Nunes são apenas dois casos mais evidentes e recentes de um processo que se multiplica nos últimos anos. Você pode não ter ouvido falar ainda de Marcos Paulo, Pedro Lopes, Oliver Batista Meier, Lucas de Vega e Stephan Seiler. Mas são cinco exemplos de caminhos distintos que passam por clubes da Europa e terminam no mesmo destino da dupla de brasileiros que adquiriram outra cidadania: as seleções principais do outro lado do Oceano.

falta de valorização e oportunidade no Brasil citada recentemente por Jorginho em entrevista é um dos fatores determinantes na decisão de qual país defender. Mas os vínculos familiares e o tempo morando na Europa também pesam, assim como a prospecção das seleções de base do continente.

 

Stephan Seiler vai servir até no exército suíço. Pedro Lopes quer seguir os passos de ídolos brasileiros, não na seleção pentacampeã mundial, mas na Roma. Oliver Batista Meier tem uma quantidade de gols na base de chamar a atenção de qualquer olheiro, incluindo cinco numa partida só. No Bayern de Munique, segue os passos não só do atacante polonês Lewandowski, mas também de seus compatriotas alemães rumo à seleção principal.

Os laços familiares com o avô fazem com que Marcos Paulo opte por trocar o amarelo da combinação com o verde da Seleção pelo vermelho da camisa de Portugal. Lucas de Vega é o único que ainda não tem certeza de qual país vai defender definitivamente. Mas, assim como os outros, tem opção.

 

Veja as histórias abaixo:

 

 

Marcos Paulo

 

É o mais conhecido dos cinco. Nasceu no Rio de Janeiro e, diferentemente dos demais, atuou em um clube grande do Brasil nas divisões de base, além de ter defendido seleções de base no país. Marcos Paulo jogava pelo Fluminense até acertar a ida para o Atlético de Madrid, em julho passado, aos 20 anos. Recentemente, foi emprestado ao Famalicão.

Com passagens pelas seleções sub-17 e sub-18 do Brasil, entre 2016 a 2018, aceitou convite de Portugal em 2017. Pelo sub-18 luso, conquistou o título do Torneio Internacional do Porto. Depois, participou do Torneio de Toulon. Convocado depois para a Eurocopa Sub-19, porém, não foi liberado pelo Fluminense na época.

O vínculo com o país e o projeto apresentado levaram Marcos Paulo a optar pela terra onde seu avô nasceu.

- A seleção portuguesa sempre apresentou um projeto com o qual me identifico muito, e por isso me sinto muito feliz em poder defender o país. Acredito que seja um trabalho que vai se consolidando cada vez mais. Espero ter muito sucesso vestindo a camisa de Portugal. Além disso, é um orgulho poder representar o país das minhas origens. Meu avô é português, e tenho família em Portugal, por isso tenho a oportunidade de jogar pela seleção portuguesa. Espero que seja uma trajetória de sucesso.

 

 

Pedro Lopes

 

Nascido em São Paulo, é filho do jogador de futsal Paulinho Lopes. Começou em um clube regional da Itália até receber propostas de Torino e Juventus. Foi para o primeiro, aos 9 anos, e disputou duas temporadas antes de se mudar para a base do Frosinone.

Com boas exibições, apareceram oportunidades na Internazionale, Milan, Juventus e Roma. Atualmente, joga no sub-17 da Roma, o que era um sonho de criança. O meio-campista de 15 anos foi convocado pela primeira vez para o sub- 16 da Itália e disputará vaga no grupo da seleção para o Europeu da categoria e o Mundial sub- 17.

- Quando recebi a convocação da seleção italiana, fiquei muito emocionado. Minha família também. Venho trabalhando para isso tem muito tempo, é um sonho que sempre tive e uma grande conquista com a qual fui recompensado - afirmou o meia ao ge.

À esquerda, com a camisa 4, Pedro em jogo da seleção italiana, ao lado de Jacopo Simonetta — Foto: Divulgação/Instagram

À esquerda, com a camisa 4, Pedro em jogo da seleção italiana, ao lado de Jacopo Simonetta — Foto: Divulgação/Instagram

O jogador não esconde o desejo de atuar no Brasil e quer seguir os passos de outros brasileiros da Roma.

- Gostaria de realizar o sonho de atuar num clube brasileiro. Sonho não só meu, mas de toda minha família. Todo menino que joga bola sonha jogar por clubes grandes. Como tem na Europa, tem no Brasil também. Sempre quis jogar na Roma, desde criança. Grandes jogadores brasileiros passaram por aqui, Cafu, Falcão e Aldair, espero poder fazer parte da história do clube também.

 

 

Stephan Seiler

 

Nascido em Fortaleza, Stephan está desde os 2 meses de vida na Suíça. Filho de mãe brasileira e pai suíço, começou a jogar em um clube local, o Wetzikon, aos 5 anos de idade. Aos 12, foi para o Zurich e atua desde então por lá. Atualmente no time profissional, disputou 24 partidas.

O meio-campista de 20 anos é constantemente convocado pela Suíça, tendo participado das categorias sub-15, sub-16, sub-17, sub-19, sub- 20 e sub- 21. O jogador disputou as eliminatórias da Eurocopa Sub- 17 e Sub- 19.

Stephan Seiler treinando no Zurich — Foto: Divulgação/Zurich

Stephan Seiler treinando no Zurich — Foto: Divulgação/Zurich

O talento de Stephan ultrapassou as quatro linhas do gramado. Vai prestar serviço militar para o exército suíço por 4 meses. Foi um dos quatro jogadores de futebol selecionados pelo projeto de ponta que combina as obrigações com as Forças Armadas do país com treinamento de alta intensidade no CT Olímpico da Suíça. Apesar da dupla nacionalidade, acredita ser difícil a convocação pelo Brasil.

- A competição no Brasil é muito maior que na Suíça. Tenho que ser realista. Acho muito difícil ser convocado pela seleção brasileira. Sempre acompanho as notícias do futebol brasileiro. Quem sabe um dia atuo por lá. Meu pai é um eterno sofredor, torce pelo Botafogo. Tenho carinho pelo Ceará também, onde nasci. Está fazendo uma boa temporada.

 

 

Oliver Batista Meier

 

Oliver não nasceu em território nacional, mas é filho de mãe brasileira. Nascido em Kaiserslautern, onde fez a divisão de base no clube mais famoso da cidade, o atacante de 20 anos defende o Bayern de Munique desde 2017, quando trocou o clube da cidade natal pelo gigante Bávaro.

Acumula uma passagem pelo Heerenveen por empréstimo. Meier é constantemente convocado pela Alemanha, tendo participado das categorias sub-15, sub-16, sub-17, sub-19 e sub- 20. Em 2020, foi convocado pelo Brasil para o sub-20, mas o Bayern não o liberou.

Oliver Batista Meier, no Bayern de Munique — Foto: Arquivo pessoal

Oliver Batista Meier, no Bayern de Munique — Foto: Arquivo pessoal

Atualmente no Bayern II, Oliver é tido como uma das promessas mais próximas de virar realidade. Na categoria sub-17, o ponta fez 30 gols e deu 25 assistências em 43 partidas. No sub-19, foram 44 jogos, marcando 25 vezes e dando 14 passes para os companheiros balançarem as redes.

Estreou pelos profissionais do Bayern em 2020, contra o Dusseldorf. Oliver chamou a atenção por ter feito cinco gols em uma partida só, tal qual fez Lewandowski nos profissionais.

 

Lucas de Vega

 

Nascido em Fortaleza, o meia Lucas de Vega está desde 2009 no Barcelona. É considerado uma das promessas do clube. Filho de mãe brasileira e pai espanhol, tem as duas nacionalidades.

 
Lucas de Vega é jogador do Barcelona B — Foto: Divulgação/Barcelona

Lucas de Vega é jogador do Barcelona B — Foto: Divulgação/Barcelona

O jogador de 21 anos chegou ao time catalão em 2011, vindo do Peña Anguera. Conquistou o Campeonato Espanhol nas categorias sub-14 A, sub-15 B, sub-16 A e sub-18 B. Em 2020, foi emprestado ao Cartagena, ajudando na promoção à segunda divisão pelos playoffs.

Lucas tem passagens pela seleções espanhola sub-16 e brasileira sub-17 e ainda tem a opção de escolher qual delas defender. Atualmente está no Barcelona B, mas ainda não atuou pelo time profissional do clube.

FONTE/CRÉDITOS: Redação da Foot Brazilian World
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