Udine 26-02-2022
Na luta contra o rebaixamento, a Udinese terá nesta sexta-feira a dura missão de enfrentar o líder Milan, motivado na disputa pelo título. O time rubro-negro ainda não sabe se poderá contar com a volta de Ibrahimovic, que ainda apresenta dores no tendão de Aquiles - o que poderia ser uma boa notícia para a equipe de Udine. Porém, o zagueiro brasileiro Rodrigo Becão torce para encontra o sueco em campo.
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Em sua terceira temporada na Itália, o ex-jogador do Bahia já enfrentou o craque do Milan em outras três oportunidades. E, apesar de já ter visto o astro marcar duas vezes nestes encontros, garante que se sente ainda mais concentrado quando precisa manter o veterano por perto.
- A presença dele me inspira mais ainda, deixa mais concentrado, porque você fala "Não vou jogar contra qualquer um, vou jogar contra o Ibrahimovic". Querendo ou não, seu chip automaticamente redobra a atenção, porque você sabe que é o Ibrahimovic que está lá. Sempre que joguei contra ele, joguei bem. Mas é claro que ele, por ser o Ibrahimovic, decidiu algumas partidas contra a gente, do modo dele, ali na área, brigando.
Na opinião de Becão, o Milan "hoje é um time do caramba" e está no mesmo nível que Inter de Milão e Juventus, que vêm dominando os holofotes nos últimos anos no país. Embora ele admita que seja importante "tirar pontos" na partida fora de casa, garante que vê sua equipe em condições de vencer os rubro-negros - o que quase aconteceu no último duelo, em dezembro, quando a Udinese vencia por 1 a 0 até os acréscimos e levou o empate em um gol de pênalti.
A Udinese neste momento é a 14ª colocada no Campeonato Italiano, mas vê a zona de rebaixamento perigosamente perto: o time tem 28 pontos, apenas seis a mais que o Venezia, que abre a área de descenso, em 18º. Manter a equipe na primeira divisão, porém, é apenas um dos objetivos que o brasileiro tem em sua lista para o futuro - jogar na Premier League inglesa, por exemplo, está no horizonte, inspirado no que fez o amigo e ex-companheiro Samir.
- É um sonho dar um passo para a Premier League, qualquer outra liga grande do mundo. Não que a Série A não seja grande, ela é enorme. Pra mim vem a Premier League, depois a Série A. Então, é um sonho ir para a Premier League. Trabalho para crescer a cada dia e alcançar esses objetivos - admite.
Becão atuou durante dois anos e meio junto a Samir, que já estava no clube quando ele chegou, em 2019, após um ano no futebol russo. O jogador, que foi formado e estreou profissionalmente pelo Bahia, teve no ex-Flamengo um amigo que ajudou na adaptação à Itália - que, para Rodrigo, se deu de foram rápida.
- Samir me ajudou, sempre que ele pôde me ajudar. Eu cheguei e ele me abraçou, me fez sentir em casa. Pro meu crescimento no clube, na Itália, ele me deu mais segurança. É um cara que agradeço muito tudo que ele fez, reconheço o que fez por mim. Ganhei a amizade e vou levar a amizade para o resto da vida. Torço pelo sucesso dele. O sucesso dele é minha felicidade.
Agora já "veterano" na Série A, é o jogador de 26 anos que tenta ser prestativo ao dar as boas-vindas a outro atleta que atuou pelo Flamengo nos últimos anos: o espanhol Pablo Marí, campeão brasileiro e da Copa Libertadores em 2019. Marí deixou o Arsenal e chegou à Udinese em janeiro, mas já começou a criar um laço com Becão, principalmente por exibir um português invejável.
- O Pablo é um cara interessante como pessoa, porque é um espanhol que passou seis meses no Brasil somente e fala português quase melhor que eu. Eu converso com ele em português. Me surpreendeu, é um cara super do bem, um cara que escuta. É um cara que está vencendo na vida, torço por ele, um cara que eu quero bem. A gente conversa sempre, somos parceiros de zaga, a gente sempre se escuta - comenta
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